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Photo Credit: Mart1n |
A água fervente
deslizando em meio ao pó escuro libera o aroma delicioso e se colore de negro.
O líquido transformado, em alta temperatura é despejado em pequena xícara e o
vapor dança em frente aos nossos olhos. Após alguns longos segundos a pequena
xícara é levada até a boca, por mãos ansiosas por desfrutar o prazer. No
encontro entre corpo e néctar, as papilas gustativas se contraem e na mente se
forma o gosto amargo da ausência do açúcar. Uma reação que destrói o encanto e
a magia do ato. Que desfaz toda a
expectativa de saciedade. Sensação que só termina com a substituição por outro
sabor que venha nos libertar desta amargura na boca.
***
Se o sabor amargo tem
o poder de impregnar nosso paladar, que dizer quando a amargura toma conta de
nossa vida, impregnando nossos sonhos, nossos pensamentos e ações? Que sabor
experimentamos diariamente ao levantar da cama, que sabor tem nossos beijos em
nossos entes queridos. E o que resta de nosso trabalho e estudo se estão
imersos no sabor amargo. Muitas pessoas já se acostumaram tanto ao sabor amargo
que nem mais o percebem como tal. De acordo com o dicionário, amargura é tristeza, pena, angústia, aflição: curtir a amargura. Acerbidade,
acrimônia, azedume: criticou com amargura. Sabor amargo: a amargura da quinina.
Como exemplos temos, Rua da amargura, sabor amargo da derrota, chocolate
amargo, café amargo.
De acordo com Joanna de Ângelis a amargura é um agente de
transtorno depressivo que nos faz caminhar na direção contrário a do
crescimento espiritual. E se caracteriza quando a tristeza, angústia ou
melancolia, dominam todas as nossas paisagens mentais nos controlando. Suas
origens se encontram tanto em fatos pretéritos, geralmente relacionados a
questões de apego, conflitos, frustrações e perdas, quanto na incerteza do
futuro. Podem residir também em nossos atos realizados em outras vidas. De
acordo com Joanna de Ângelis,
• Identificar e combater a origem da amargura“... O coração fecha-se quando agasalha a amargura, dá campo ao pessimismo, acumula recriminações e azedume, coleciona ressentimentos... De imediato, a saúde cambaleia, e, aprisionado nesse labirinto de aflições, o ser desgasta-se e perde a direção de si mesmo...” (1)Para vencer a amargura, seguem algumas dicas reunidas a partir da leitura de diversos autores ((2)(3)(4)(5)):
• Prece
• Racionalizar
• Contestar
• Procurar distração saudável
• Cultivar pensamentos positivos
• Refletir
• Mudança de estado de espírito
• Mudança de hábitos
• Exercícios aeróbicos
• Exercícios ao ar livre
• Exercício da fraternidade
• Cultivar a auto-estima
• Cuidar da aparência
• Trabalhar em conjunto com grupos de apoio – compartilhar experiências
• Vivenciar pequenas vitórias
• Ver a situação por outro ponto de vista
“... As dificuldades, de toda ordem, são inerentes à nossa condição humana, –, o fato é que o Pai (Deus) precisa nos encontrar executando as tarefas que nos competem para poder nos ajudar. Então, permaneçamos atentos, agradecendo ao Pai as oportunidades oferecidas, e assim, Seus Mensageiros encontrarão, na própria tarefa, os meios de nos socorrer. Por tudo isso, é importante prosseguirmos ajudando os outros dentro das nossas limitações. Poderemos ser ou estar limitados neste momento, mas não poderemos ser ou estar ociosos, física e/ou intelectualmente...”
(Leda Maria Flaborea)
“...A amargura é vapor morbífico que se exterioriza do sentimento doentio e domina as paisagens da mente, assim como da emoção. Todo o empenho para diluí-la é a proposta-desafio para quem pensa e anela por felicidade hoje e no futuro...” (6)
Este é o resumo de uma palestra que eu apresentei no meu Grupo de Estudos sobre Educação
dos Sentimentos. Nosso estudo se baseia na obra Autoconhecimento - uma busca interior (6). E o nosso
coordenador propôs que cada integrante apresentasse um capítulo do livro. Entre diversos temas escolhi
AMARGURA, por este ser um sentimento muito familiar. Desta forma pude refletir sobre o tema com base no texto, mas também em meus sentimentos e
experiências. Assim foi possível compreender melhor este sentimento e encontrar formas de transformá-lo em algo útil e positivo.
Referências
Bibliográficas
(1) Amor e saúde – texto ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco, acervo de mensagem do Momento Espírita.
(2) Para viver a grande mensagem - Escrito por Richard Simonetti.
(3) Educação dos Sentimentos - Escrito por Jason de Camargo.
(4) Equilíbrio Íntimo pelo Espiritismo - Escrito por Geziel Andrade.
(5) Inteligência Emocional - Escrito por Daniel Goleman.
(6) Autoconhecimento - uma busca interior - Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco.
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