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Photo Credit: Meu Bem |
Sempre tivemos o sonho de ter um cachorro. Eu queria adotar, mas tinha medo de que o cachorro crescesse muito, o Meu Bem preferia comprar um Yorkshire Terrier. Dois meses depois que o Guilherme morreu, eu estava caminhando e passei pela frente de um canil especializado em Yorkshire Terrier, e os vi pulando de um lado para o outro. Entrei e fiz algumas perguntas: tamanho depois de adulto, sexo, qual era a melhor opção para um apartamento, e o preço. Fiquei encantada com a meiguice deles. Fui pra casa animada com a idéia de ter um filhote. A noite, quando contei para o Meu Bem que tinha visto os filhotes, ele perguntou: - Você está falando sério? No dia seguinte fomos buscar um deles. Meu Bem escolheu a Jolie, foi amor a primeira vista. Na hora da compra, só me entristeceu um pouco, as mantinhas que a moça queria vender, pois eram muito parecidas com mantas para bebês. Mesmo assim, negócio fechado. Só então ele me contou que o Yorkshire Terrier não solta pelo e por isto não prejudicaria a sua renite alérgica. E eu pensei, se você tivesse me dito isto antes eu já teria concordado em comprar um cachorrinho, há muito tempo. Nas primeiras noites a Jolie chorava, então eu levantava para ver se ela estava com frio, e assim que eu chegava ela parava de chorar. Só que me doía muito isto, eu não queria acordar no meio da noite para atender um cachorro, eu queria acordar para cuidar do Guilherme. Eu sofri alguns dias com esta nova rotina e só não devolvi a Jolie porque o Meu Bem a abraçou e pediu que eu não a tirasse dele. E aí a Jolie foi ficando, ficando. Fazendo sujeira e bagunça pela casa toda. Fazendo o Meu Bem feliz. Me seguindo por onde eu fosse. Fazendo festa por qualquer coisinha que a gente jogue pra ela. Ela ficou doente, e eu pensei que ela poderia morrer. Pensei como seria a vida sem a Jolie e não gostei da idéia. Ela tomou tanto remédio e até fez exame de sangue, depois melhorou. Durante o dia, ela fica na creche eu não tenho coragem de deixá-la sozinha em casa, enquanto trabalhamos. Muitas pessoas criticam, mas foi a melhor opção que encontramos. Pois eu ainda não consegui que a Jolie e a Lulu (cachorra da minha irmã) façam amizade pra que elas possam passar o dia juntas. Nas noites em que tive insônia ela vinha deitar comigo no sofá, ou ficava no meu colo enquanto estava no computador. Ah, sempre que posso levo a Jolie comigo, ela já andou de ônibus, e de táxi. Quando eu fico triste, eu pego a Jolie e a abraço bem forte. Eu só não gosto quando dizem que ela é minha filha ou meu bebê, mas isto é tão comum que eu quase nem ligo mais.
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