terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mais uma analogia

Photo Credit: SEPpics

Todo começo de ano eu vejo a divulgação do resultado do vestibular e em seguida inúmeras campanhas publicitárias de cursinhos, sobre seus alunos exemplares que conquistaram o primeiro lugar em Universidades renomadas e sobre o número de aprovados. Estas propagandas se repetem dia e noite, sem cessar, sem a menor compaixão para com aqueles que mesmo estudando muito não conseguiram conquistar uma vaga na Universidade. Eu sempre imaginei que estes excluídos deveriam sofrer muito neste período do ano. Quando eu comecei a sair de casa, eu me senti exatamente assim. Ao passar por lojas de artigos para bebês lembrava dos momentos de felicidade e em seguida voltava a minha realidade. Ao ouvir chorinhos, lembrava do único chorinho que eu queria ouvir de novo. Ver mães e seus filhos me deixava triste. Também sofri ao ver mulheres grávidas. Ao vê-las sentia que eu havia falhado na minha tarefa de dar a vida a um bebê. Em um momento eu percebi que ninguém ia parar de ter filhos só porque eu estava sofrendo, ninguém nem sabia disso. Uma das saídas que para aliviar este sofrimento foi desejar mentalmente a cada grávida que passou por mim, muita saúde, para ela e para o seu bebê, como sugeriu o Meu Bem. E renovava a crença na imortalidade da alma, o que me despertava o sentimento de justiça e a certeza da oportunidade de reencontro (1). Lembrava também que cada um tem a sua história para viver, com seus sucessos e fracassos. Hoje, dois anos depois do nascimento do Guilherme, posso afirmar que com a repetição dos eventos, o encontro com mães, bebês, grávidas e afins, foram se tornando mais naturais e a tristeza foi se diluindo, mas, de vez em quando, ainda sinto uma melancolia, mas que não se compara em intensidade a dor dos primeiros tempos.

NOTAS
 (1)    Oportunidades de reencontro

- Após o nosso desencarne:

"(...) Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação. (...)  Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. (...) Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento. (...)"

Trecho extraído do texto O que é Espiritismo.

(...) Vivemos inúmeras existências na Terra, aprendendo e depurando o espírito nas vidas sucessivas, no caminho do aperfeiçoamento moral. Depois da morte, reencontraremos os entes queridos. Quanto mais nos aprimoramos internamente, mais felizes seremos, imortalizando e ampliando o amor que nutrimos uns pelos outros, na família terrena em perene crescimento."
Trecho extraído do texto Nossa família da Terra acaba depois da morte?, escrito por Jávier Godinho.

- Durante o sono

401 Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
– Não, o Espírito nunca fica inativo. Durante o sono, os laços que o prendem ao corpo se relaxam e, como o corpo não precisa do Espírito, ele percorre o espaço e entra em relação mais direta com outros Espíritos.

402 Como avaliar a liberdade do Espírito durante o sono?
– Pelos sonhos. Quando o corpo repousa, o Espírito tem mais condições de exercer seus dons, faculdades do que em vigília; tem a lembrança do passado e algumas vezes a previsão do futuro; adquire mais poder e pode entrar em comunicação com outros Espíritos, neste mundo ou em outro. (...) O sono liberta, em parte, a alma do corpo. Quando dormimos, estamos momentaneamente no estado em que o homem se encontra após a morte. (...) O sono é a porta que Deus lhes abriu para entrarem em contato com seus amigos do céu; é o recreio após o trabalho, enquanto esperam a grande libertação, a libertação final que deve devolvê-los a seu verdadeiro meio. (...)

Livro dos Espíritos, questões n° 401 a 402, Parte II, Cap. VIII – Da emancipação da alma. O sono e os sonhos.

- Através de comunicações mediúnicas

O médium é aquele que sente num grau qualquer, a influência dos Espíritos. Existem diferentes tipos de médiuns sendo que aqueles que escrevem sob a influência dos Espíritos, são chamados Psicógrafos – assim como Chico Xavier. Através da mediunidade é possível a comunicação entre encarnados e desencarnados, a fim de consolar, repassar orientações, encorajar, auxiliar encarnados e desencarnados. Este intercâmbio mediúnico deve ser realizado no Centro Espírita, pois é o local onde há amparo da espiritualidade superior.

Texto adaptado de Intercâmbio Mediúnico.

"Mensagens psicografadas diminuem a dor por mães e filhos desencarnados

(...) Quando mãe ou filho se vêem na inimaginável ausência física imposta pelo desencarne, ou pela morte, angústia e saudade são muitas vezes causas de uma profunda depressão. Muitas pessoas enchem as casas espíritas à procura de um consolo, através de qualquer tipo de comunicação com quem desencarnou. “É grande a quantidade de mães que procuram seus filhos e de filhos que procuram suas mães durante as reuniões em que psicografamos”, conta o médium João Braga. (...)

(...) Muitas mães e filhos já passaram por lá e conseguiram alguma mensagem do desencarnado. Mas existem também aqueles que passam anos freqüentando o local e não conseguem nenhum tipo de contato. Isso é explicado por uma frase célebre do maior médium brasileiro, Chico Xavier: “O telefone só funciona de lá para cá”. Ou seja, quem diz a hora certa de se comunicar são os desencarnados. (...)

“Existe toda uma preparação para que a comunicação aconteça. Primeiro, há a vontade e a capacidade do espírito desencarnado de se comunicar. Depois o médium tem que ter sintonia vibratória com o espírito. Aí é feito um trabalho pelo plano espiritual para que o parente ou amigo encarnado seja levado até a casa espírita para que receba a mensagem”, explica.

A pessoa é “levada” para lá depois de uma “conspiração” dos espíritos esclarecidos que trabalham junto com os médiuns da casa espírita ou dos espíritos que acompanham o desencarnado que quer se comunicar. Isso pode acontecer como aviso através de um sonho, de amigos que, durante uma conversa com amigos que tocam no assunto, de várias formas. (...)

Conteúdo das mensagens

Geralmente quem desencarna tem a preocupação de tranqüilizar quem fica neste plano, acabando com o sofrimento dos entes queridos. “Já conseguimos mensagens de muitos filhos querendo acabar com o sofrimento de suas mães. A maioria delas não se conforma com a perda, sem saber que, na verdade, o filho está bem amparado espiritualmente, apenas sofrendo com o sofrimento que ela emana”, explica João.

Existem aqueles freqüentadores do “Enxuga lágrimas” que vão muitas vezes e acabam criando vínculo com o Lar da Caridade. Muitos deles conseguem receber mais de uma mensagem. A primeira delas, geralmente, tem esse teor de passar tranqüilidade aos que ficaram.

A partir da segunda mensagem, o espírito já conta outras coisas da vida espiritual. “É como se ele tivesse feito uma viagem e mandasse um postal para a família contando como é o lugar, o que tem feito. Contam sobre lugares que visitaram, atividades que têm no plano espiritual”, ressalta.

Chamamento para pensamentos de amor

O mais importante em receber uma mensagem psicografada ou manter qualquer tipo de contato com entes queridos desencarnados, é saber que quando morremos não acabamos simplesmente. Não viramos pó, não somos sepultados com o corpo. O espírito vive em outros planos. E, na maioria das vezes, vive melhor sem o corpo material, dependendo apenas do adiantamento moral de cada um.

O que filhos, mães ou outros entes queridos querem dos que permanecem neste plano é que continuem suas missões sabendo que eles nunca esquecerão de nós encarnados e, do plano espiritual onde habitam, continuam auxiliando e amando com mais força. Afinal, laços de família não se desfazem com a morte."

Trecho extraído do texto Mensagens psicografadas diminuem a dor por mães e filhos desencarnados.

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