segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O presente

Photo Credit: Modish
Uma colega do trabalho, que trabalha no interior do Estado, está grávida. É um menino. Eu já cansei de dizer o quanto é sofrível passar pela frente de uma loja de roupinhas para bebê. Mas hoje, fiz algo que achava não ser capaz: comprei um presente para eles. Entrei na loja, apontei para a vitrine e disse: quero um tip top desses (apontei o dedo para a vitrine), tamanho RN, para menino. Só pronunciei estas palavras e todas de uma só vez. A atendente veio trazendo vários para que eu escolhesse, e antes que ela os espalhasse, eu disse: este mesmo e pra presente. Foi a compra mais rápida que eu já fiz. Eu não consigo comprar nem pãezinhos na panificadora com esta velocidade, sempre fico em dúvida entre o francês ou o pão d’água. Eu não entreguei em mãos, pois ela não pode viajar, então solicitei que o presente fosse entregue pela funcionária que veio em seu lugar. Aí doeu, pois ao entregar o presente, ela quis me contar que ela estava muito bonita, muito feliz, etc. Eu interrompi a conversa, agradecendo a gentileza e desejando boa viagem. Eu não aguento os detalhes... Assim que recebeu o presente, minha colega de trabalho enviou um e-mail agradecendo o presente e prometendo que quando o bebê o usasse que ela tiraria uma foto e enviaria pra mim. Eu respondi dizendo que não havia necessidade. Mas queria dizer: nem pense nisso. Foto já é demais! Mesmo assim valeu a pena, ela ficou feliz e eu não imaginava que seria capaz de comprar um tip top. Ah! Pra comemorar, tomei um delicioso suco de pêssego. Meses mais tarde, a Suzana mandou um e-mail com a foto do bebê, como havia prometido. Eu não abri a foto, agradeci a gentileza e ponto final.

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