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Photo Credit: Modish |
Uma colega do
trabalho, que trabalha no interior do Estado, está grávida. É um menino. Eu já
cansei de dizer o quanto é sofrível passar pela frente de uma loja de roupinhas
para bebê. Mas hoje, fiz algo que achava não ser capaz: comprei um presente
para eles. Entrei na loja, apontei para a vitrine e disse: quero um tip top
desses (apontei o dedo para a vitrine), tamanho RN, para menino. Só pronunciei
estas palavras e todas de uma só vez. A atendente veio trazendo vários para que
eu escolhesse, e antes que ela os espalhasse, eu disse: este mesmo e pra
presente. Foi a compra mais rápida que eu já fiz. Eu não consigo comprar nem
pãezinhos na panificadora com esta velocidade, sempre fico em dúvida entre o
francês ou o pão d’água. Eu não entreguei em mãos, pois ela não pode viajar,
então solicitei que o presente fosse entregue pela funcionária que veio em seu
lugar. Aí doeu, pois ao entregar o presente, ela quis me contar que ela estava
muito bonita, muito feliz, etc. Eu interrompi a conversa, agradecendo a
gentileza e desejando boa viagem. Eu não aguento os detalhes... Assim que
recebeu o presente, minha colega de trabalho enviou um e-mail agradecendo o
presente e prometendo que quando o bebê o usasse que ela tiraria uma foto e
enviaria pra mim. Eu respondi dizendo que não havia necessidade. Mas queria
dizer: nem pense nisso. Foto já é demais! Mesmo assim valeu a pena, ela ficou
feliz e eu não imaginava que seria capaz de comprar um tip top. Ah! Pra
comemorar, tomei um delicioso suco de pêssego. Meses mais tarde, a Suzana
mandou um e-mail com a foto do bebê, como havia prometido. Eu não abri a foto,
agradeci a gentileza e ponto final.
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