sábado, 18 de setembro de 2010

Hipertensão, Pré-Eclâmpsia e Eclâmpsia

Levou cerca de um mês para que a minha gestação tranquila, se transformasse em um parto emergencial. Então, eu não tive muito tempo para me preparar e enfrentar a hipertensão e as suas complicações. Neste período, utilizei a medicação recomendada, cuidei da dieta, repousei, mas não foi o suficiente para dar ao Guilherme todas as condições necessárias para que ele continuasse a se desenvolver normalmente. Eu só fui conhecer melhor esta doença, depois da sua partida. Como continuo a conviver com esta doença, procuro seguir as recomendações médicas e me informar, pois eu sou a maior responsável pelo meu bem-estar.

De acordo com Melania Amorin, em seu artigo publicado no site do Projeto Artemis,
“(...) a hipertensão complica cerca de 10% de todas as gestações, e pode apresentar-se como pré-eclâmpsia (ou, nos casos mais graves, eclâmpsia), hipertensão crônica, hipertensão crônica com pré-eclâmpsia superposta e hipertensão gestacional.” (...) O ideal seria, realmente, prevenir, evitar a pré-eclâmpsia. Sabe-se que algumas mulheres têm maior risco: as que engravidam pela primeira vez, as hipertensas crônicas, as obesas e aquelas com história familiar de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. Quem já teve pré-eclâmpsia ou eclâmpsia em gestação anterior também tem risco aumentado de desenvolver novamente a doença nas gestações seguintes (...). Infelizmente a prevenção ideal ainda não foi encontrada. Alguns estudos apontam que a suplementação de cálcio em populações com baixa ingestão pode prevenir a ocorrência de pré-eclâmpsia. Em mulheres com risco elevado, parece haver efeito benéfico o uso de aspirina em baixas doses, e recentemente tem sido proposta a suplementação das vitaminas C e E (estudos clínicos estão em andamento).  Recomendações básicas são manter uma dieta equilibrada, tentar enquadrar-se dentro dos limites normais de peso antes de engravidar e não ganhar peso excessivamente durante a gestação (...)”
De acordo com Sílvia Pinella em entrevista concedida a Dráuzio Varella,
“(...) pressão alta é doença traiçoeira. Quando os sintomas aparecem, a doença está instalada há muito tempo e já comprometeu o funcionamento de vários órgãos. Para se ter uma idéia, 20% da população brasileira e metade das pessoas acima dos 65 anos sofrem de hipertensão arterial. Embora menos prevalente do que nos adultos, a doença também pode manifestar-se na infância e medir a pressão pelo menos uma vez por ano é geralmente a única maneira de estabelecer um diagnóstico precoce. Considera-se que uma pessoa é hipertensa se os níveis da pressão arterial forem iguais ou superiores a 14/9. Nos casos de hipertensão leve (14,5/9, por exemplo), mudanças no estilo de vida podem contornar o problema. Emagrecer, não abusar do álcool e do sal de cozinha, fazer esportes, caminhar, evitar situações estressantes, não fumar são dicas importantes para quem precisa controlar a pressão. Muitos pacientes, porém, apesar da boa vontade, nem sempre conseguem atingir o objetivo proposto e precisam tomar remédios todos os dias até o fim da vida para controlar a pressão arterial. (...)”
O Sódio, utilizado como conservante, está presente em praticamente todos os alimentos processados, tais como os embutidos, as pipocas de microondas, as bolachas recheadas e os chocolates, por exemplo. Como sugerido pela nutricionista Taís Carneiro, é importante que se observe os rótulos dos produtos para verificar a quantidade de Sódio presente, e assim selecionar os produtos mais adequados para o consumo.

Veja também o artigo Eclâmpsia e pré-eclâmpsia escrito por Marco Aurélio Galleta

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Taís Carneiro - Nutricionista - Home Care - (41) 8809-9764

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