segunda-feira, 12 de setembro de 2011

As perguntas já não me atormentam mais

Photo Credit: Lize Rixt


Hoje fui a uma reunião e encontrei algumas colegas da faculdade, havia muito tempo que não nos encontrávamos, e uma delas me perguntou: - E você, não estava grávida? E eu respondi, sim, meu filho nasceu mas não resistiu. Com uma naturalidade que me surpreendeu. E em seguida, perguntei, sobre o filho dela, ao que ela respondeu que agora tem três, e contou que é uma loucura... E eu, fiquei numa boa, não tive a habitual vontade de sair correndo só porque alguém me perguntou sobre o Guilherme. Na hora do almoço, outra conhecida, fez a habitual pergunta: E você, já tem filhos? Ao que eu respondi: Tive, mas ele faleceu pouco depois de nascer, com a mesma naturalidade. E conversamos sobre isto mais uns instantes. Ela me disse que casou e que ainda não quer ter filhos, precisa fazer o Doutorado primeiro, por causa de uma cobrança do trabalho. E também tem medo de deixar para muito tarde e se tornar difícil. Eu disse que não devia se preocupar pois cada um tem a sua história e se temos que passar por uma determinada situação passaremos independente do momento, hoje, amanhã, ou daqui a dez anos... Mas disse também que já me culpei por não ter ficado grávida mais cedo. Foi legal. Não me perdi na minha dor dessa vez... E dei o meu testemunho, com calma e paz. Fiquei orgulhosa de mim mesma.

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