terça-feira, 31 de agosto de 2010

Os sinais

Com a repetição do “filme” encontrei sinais de que tudo o que aconteceu já estava planejado (1), e que de alguma forma eu já sabia sobre o nosso destino. No sexto mês de gestação eu tive a impressão de que minha barriga não ia crescer muito mais, quando comentei sobre isto com a Laila, ela me disse que era a partir daquele momento que ia crescer, e muito rapidamente. Às vezes eu acordava com uma melancolia, sem motivo aparente, e dizia para mim mesma: - Vamos lá, que tristeza é esta? Está tudo bem! Também tinha uma necessidade de preparar as coisas do Guilherme, eu tinha tanto medo que ele nascesse e não tivesse roupas para colocar e que seu quarto não estivesse pronto. Como ainda havia muito tempo para o seu nascimento, a maioria das pessoas a minha volta achavam que eu estava me precipitando. Eu sofri muito por não ter conseguido arrumar o seu quarto. Eu queria provar pro Gui que tudo estava pronto pra sua chegada. Depois de muita conversa com a minha Psicóloga, e com outras pessoas me convenci de que a maior prova que eu poderia ter dado a ele era o amor que senti e sinto até hoje. Mas ainda lembro como se fosse hoje do último dia de aula da minha turma de informática, quando um dos meus alunos, me disse ao sair: - Vou orar (2) por você professora! E eu respondi: - Por favor, orações nunca são demais. E eu sei que ele e muitas outras pessoas oraram por mim, para que eu pudesse hoje escrever sobre tudo o que nos aconteceu. Muito obrigada a todos!


NOTAS:
(1) Questões questões n° 258 a 273 de O Livro dos Espíritos, , Cap. VI – Vida Espírita. Escolha das provas.
"258 Na espiritualidade, antes de começar uma nova existência corporal, o Espírito tem consciência e previsão das coisas que acontecerão durante sua vida?
– Ele mesmo escolhe o gênero de provas que quer passar. Nisso consiste seu livre-arbítrio.
258 a Então não é Deus que impõe os sofrimentos da vida como castigo?
– Nada acontece sem a permissão de Deus, que estabeleceu todas as leis que regem o universo. Perguntareis, então, por que Ele fez esta lei em vez daquela. Ao dar ao Espírito a liberdade de escolha, deixa-lhe toda a responsabilidade de seus atos e de suas conseqüências, nada impede seu futuro; o caminho do bem está à frente dele, assim como o do mal. Mas, se fracassa, resta-lhe uma consolação: nem tudo está acabado para ele. Deus, em sua bondade, deixa-o livre para recomeçar, reparando o que fez de mal. É preciso, aliás, distinguir o que é obra da vontade de Deus e o que é obra do homem. Se um perigo vos ameaça, não fostes vós que o criastes, foi Deus; mas tendes a liberdade de vos expor a ele, por terdes visto aí um meio de adiantamento, e Deus o permitiu.
259 Se o Espírito tem a escolha do gênero de prova que deve passar, todas as dificuldades que experimentamos na vida foram previstas e escolhidas por nós?
– Todas não é a palavra, porque não se pode dizer que escolhestes e previstes tudo que vos acontece neste mundo, até nas menores coisas. Vós escolhestes os gêneros das provas; os detalhes são conseqüência da situação em que viveis e, freqüentemente, de vossas próprias ações. Se o Espírito quis nascer entre criminosos, por exemplo, sabia dos riscos a que se exporia, mas não tinha conhecimento dos atos que viria a praticar; esses atos são efeito de sua vontade ou de seu livre-arbítrio. O Espírito sabe que, ao escolher um caminho, terá uma luta a suportar; sabe a natureza e a diversidade das coisas que enfrentará, mas não sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes dos acontecimentos nascem das circunstâncias e da força das coisas. Somente os grandes acontecimentos que influem na vida estão previstos. Se seguis um caminho cheio de sulcos profundos, sabeis que deveis tomar grandes precauções, porque tendes a probabilidade de cair, mas não sabeis em qual deles caireis; pode ser que a queda não aconteça, se fordes prudente o bastante. Se, ao passar na rua, uma telha cai na vossa cabeça, não acrediteis que estava escrito, como se diz vulgarmente. (...)

264 Como o Espírito escolhe as provas que quer suportar?
– Ele escolhe as que podem ser para ele uma expiação, pela natureza de seus erros, e lhe permitam avançar mais rapidamente. Uns podem, ao escolher, se impor uma vida de misérias e privações para tentar suportá-la com coragem; outros querem se experimentar nas tentações da riqueza e do poder, muito perigosas, pelo abuso e o mau uso que delas se possa fazer e pelas paixões inferiores que desenvolvem; outros, enfim, preferem se experimentar nas lutas que têm que sustentar em contato com o vício.(...)"

(2) “...A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus”...
“...Desta máxima: "Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece", fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem. É como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. Em geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.
O que Deus lhe concederá sempre, se ele o pedir com confiança, é a coragem, a paciência, a resignação. Também lhe concederá os meios de se tirar por si mesmo das dificuldades, mediante idéias que fará lhe sugiram os bons Espíritos, deixando-lhe dessa forma o mérito da ação. Ele assiste os que se ajudam a si mesmos, de conformidade com esta máxima: "Ajuda-te, que o Céu te ajudará"; não assiste, porém, os que tudo esperam de um socorro estranho, sem fazer uso das faculdades que possui. Entretanto, as mais das vezes, o que o homem quer é ser socorrido por milagre, sem despender o mínimo esforço. (Cap. XXV, nº 1 e seguintes.)”

Trechos do Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. 27 - Pedi e obtereis

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